segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Alzheimer- O que podemos fazer para evitar?

Recebi um email sobre esta doença que cada vez mais vem ganhando mais "terreno". Sei por alto como se processa mas não sabia que poderíamos ajudar a evitar se alterassemos alguns comportamentos, o que não deixa de ser interessante.

O que se sucede é uma história, se é real ou não, não faço a menor ideia.

A cada 1 minuto de tristeza perdemos a oportunidade de sermos felizes por 60 segundos.
Sobre o Alzheimer (Roberto Goldkorn é psicólogo e escritor)

Meu pai está com Alzheimer. Logo ele, que durante toda vida se dizia 'o Infalível'. Logo ele, que um dia, ao tentar me ensinar matemática, disse que as minhas orelhas eram tão grandes que batiam no tecto. Logo ele que repetiu, ao longo desses 54 anos de convivência, o nome do músculo do pescoço que aprendeu quando tinha treze anos e que nunca mais esqueceu: esternocleidomastóideo.
O diagnóstico médico ainda não é conclusivo, mas, para mim, basta saber que ele esquece o meu nome, mal anda, toma líquidos de palhinha, não consegue terminar uma frase, nem controla mais suas funções fisiológicas, e tem os famosos delírios paranóicos comuns nas demências tipo Alzheimer.
Aliás, fico até mais tranqüilo diante do 'eu não sei ao certo' dos médicos; prefiro isso ao 'estou absolutamente certo de que....', frase que me dá arrepios.
E o que fazer.... para evitarmos este acontecimento?


Começa aqui a parte que considero importante reter:

Lendo muito, escrevendo, buscando a clareza das idéias, criando novos circuitos neurais que venham a substituir os afectados pela idade e pela vida 'bandida'.
Meu conselho: vocês não serem infalíveis como o meu pobre pai; não cheguem ao topo, nunca, pois dali só há um caminho: descer.
Inventem novos desafios, façam palavras cruzadas, forcem a memória, não só com drogas (não nego a sua eficácia, principalmente as nootrópicas), mas correndo atrás dos vazios e lapsos.
Eu não sossego enquanto não lembro do nome de algum velho conhecido, ou de uma localidade onde estive há trinta anos. Leiam e se empenhem em entender o que está escrito, e aprendam outra língua, mesmo aos sessenta anos.
Coloquem a palavra FELICIDADE no topo da sua lista de prioridades: 7 de cada 10 doentes nunca ligaram para estas 'singulariedades' e viveram vidas medíocres e infelizes - muitos nem mesmo tinham consciência disso.
Mantenha-se interessado no mundo, nas pessoas, no futuro.
Invente novas receitas, experimente (não gosta de ir para a cozinha?
Hum... Preocupante).
Lute, lute sempre, por uma causa, por um ideal, pela felicidade.

Parodiando Maiakovski, que disse 'melhor morrer de vodca do que de tédio', eu digo: melhor morrer lutando o bom combate do que ter a personalidade roubada pelo Alzheimer.

Dicas para escapar do Alzheimer:
Uma descoberta dentro da Neurociência vem revelar que o cérebro mantém a capacidade extraordinária de crescer e mudar o padrão de suas conexões.
Os autores desta descoberta, Lawrence Katz e Manning Rubin (2000), revelam que NEURÓBICA, a 'aeróbica dos neurônios', é uma nova forma de exercício cerebral projetada para manter o cérebro ágil e saudável, criando novos e diferentes padrões de atividades dos neurônios em seu cérebro. Cerca de 80% do nosso dia-a-dia é ocupado por rotinas que, apesar de terem a vantagem de reduzir o esforço intelectual, escondem um efeito perverso; limitam o cérebro.
Para contrariar essa tendência, é necessário praticar exercícios 'cerebrais' que fazem as pessoas pensarem somente no que estão fazendo, concentrando-se na tarefa. O desafio da NEURÓBICA é fazer tudo aquilo que contraria as rotinas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional.

Tente fazer um teste:
- use o relógio de pulso no braço direito;
- escove os dentes com a mão contrária da de costume;
- ande pela casa de trás para frente; (vi na China o pessoal treinando isso num parque);
- vista-se de olhos fechados;
- estimule o paladar, coma coisas diferentes;
- veja fotos de cabeça para baixo;
- veja as horas num espelho;
- faça um novo caminho para ir ao trabalho.

A proposta é mudar o comportamento rotineiro!
Tente, faça alguma coisa diferente com seu outro lado e estimule o seu cérebro. Vale a pena tentar!


E por hoje é tudo..

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Aperfeiçoamento da Caligrafia

Para o processo de aperfeiçoamento da caligrafia existem 4 estilos de aprendizagem: visual- aprendizagem centrada na visualização; auditiva- centrada na audição; leitura/escrita- aprendizagem através de textos e activa- aprendizagem através do fazer.



Contextualizando, a forma como se aprende o abecedário é de extrema importância na Educação Especial. Aqui tenho um exemplo de como foi feita a "apresentação" da letra B.

Ao mesmo tempo que é vocalizada a letra B, a criança pode ver a forma da letra e ouvir a entoação. Começa a repetição aperfeiçoando a motricidade fina, desenhando a letra cada vez melhor.

Este é o quadro fonetico das consoantes






Aqui está o resultado de semanas de trabalho.

E por hoje é tudo...

Um abraço!

sábado, 12 de dezembro de 2009

Saber Comer para Bem Crescer

O acto de comer, para além de satisfazer necessidades biológicas e energéticas inerentes ao bom funcionamento do nosso organismo, é também fonte de prazer, de socialização e de transmissão de cultura.

Hábitos alimentares saudáveis começam logo pela amamentação
A amamentação, para além das funções de nutrição e de imunização, tem outras funções igualmente importantes: permitir o estreitar dos laços afectivos (vinculação) e permitir que o bebé comece a autorregular-se (aprende a lidar com a saciedade ao decidir quanto e quando vai mamar). Como o leite materno muda consoante a dieta da mãe, o bebé vai contactando com diferentes sabores (daí que seja crucial que a mãe tenha uma alimentação variada e equilibrada).

Ter gosto por comer desde cedo
Por voltas dos 6 meses o bebé começa a experimentar um novo mundo: as papas, as sopas e as frutas. Essa adaptação nem sempre é fácil. Mas ele precisa da sua persistência e calma!

Não torne a hora da refeição do seu bebé numa guerra. Dê-lhe tempo para se habituar a novos sabores e texturas.
Aos poucos vão-se introduzindo os sólidos, é tempo de reunir o seu bebé em família (isto deve acontecer até o primeiro ano de vida do bebé). Para tal, gradativamente, o bebé deve comer o mesmo que os pais (com possíveis ajustes na consistência) e junto deles. Assim, importa que a alimentação dos pais seja cuidada e variada.
O prato do bebé deve ser composto por alimentos diversos e coloridos (o que seduz a criança a comer). A variedade evita que este venha a ser demasiado selectivo; opte por separar os diferentes alimentos no prato para que ele sinta o gosto de cada um (tenha gosto por comer).

Aprender vendo
O facto de estar à mesa em família, é da maior importância não só porque a refeição é um momento de comunicação e de aproximação à família, bem como por ser um veículo de aprendizagem. De nada adianta ditarem-se regras à mesa, estas aprendem-se por imitação. Por isso não se esqueça: vocês são o modelo do vosso filho. Se querem que ele coma de tudo, dê o exemplo; se querem que ele esteja sentado e quieto, permaneça centrado no momento da refeição e da família. Comuniquem com o vosso filho, ele sentir-se-á bem e com isso haverá menor tendência a dispersar. Como o momento é de refeição e não de lazer... evite as brincadeiras e a televisão para ele comer — senão o sentido de comer e saber estar à mesa perde-se!

Não é birra, é luta pela autonomia
Cada passo pela sua independência é uma batalha. Por isso não se admire se o seu filho recusar a sua ajuda! Não veja isso como uma luta pelo poder, mas antes como uma luta para ele aprender sobre si próprio — “oh estou a crescer”!
As suas capacidades motoras correspondem às suas necessidades, já é capaz de fazer a pinça e com isso segurar a colher. Deixe-o comer sozinho e dar-lhe a consciência de que é capaz. Se ele quiser experimentar os alimentos com as mãos, cheirar, apreciar as diferentes texturas — não o repreenda, pois apenas lhe dará o sentimento de que não é capaz de comer sozinho. Não se esqueça que as regras não se ditam. Ele, por observação, aprenderá que se devem utilizar talheres! Mas não aprenderá a gostar de comer se a sua experimentação for constantemente refreada.
Para que a criança valorize e deseje a comida, tem de a associar às suas próprias motivações, apetite e prazer. Nunca force o seu filho, nem recorra a recompensas para ele comer (assim comerá pela recompensa (motivação extrínseca) e não por ele saber que comer lhe fará bem (motivação intrínseca)).

Algumas dicas para o ajudar
Nunca force o seu filho, nem recorra a recompensas para ele comer (assim comerá pela recompensa (motivação extrínseca) e não por ele saber que comer lhe fará bem (motivação intrínseca)).
Não entre em conflito se vir o seu filho a ter um mau comportamento à mesa, mas também não valorize esses comportamentos, senão só tenderão a repetir-se! Acabe simplesmente com o jantar do seu filho. Ignore-o enquanto ele quiser ser o centro das atenções.
Ofereça menores quantidades (um prato mais vazio é mais apetecível).
Não lhe ofereça comida entre as refeições. Ele não compreenderá que terá de comer aquando a refeição se souber que terá comida à sua disposição mais tarde.
Convide-o a participar na preparação dos alimentos. Assim terá maior gosto por comer o que ajudou a preparar.


Transtornos Alimentares na 1ª Infância
Quando se verifica uma falha persistente na alimentação da criança, reflectindo-se na sua incapacidade de aumentar de peso ou mesmo perda de peso significativa ao longo de pelo menos 1 mês, estamos presente um Transtorno Alimentar na 1ª Infância. Estas crianças são, geralmente, irritáveis e difíceis de consolar durante o período da alimentação. Nos restantes períodos podem ser, pelo contrário, apáticas e retraídas, bem como apresentar atrasos no desenvolvimento.
Quando existe excesso de alimento oferecido, voracidade a comer e atitudes extremadas dos pais (de superprotecção ou de falta de atenção), a criança experimenta o vómito que resulta de uma forte contracção abdominal que expele o alimento sob a forma de jacto. Se se verificarem com muita frequência podemos estar diante de uma dificuldade emocional da criança (chamada de atenção, protesto ou medo de perda).

Problemas de recusa alimentar ou anorexia podem apresentar-se das seguintes formas: - logo na amamentação, as crianças demonstram passividade diante do alimento, não realizam movimentos de sucção e negam-se a comer. As causas podem ser fisiológicas (reflexo de sucção mais lento, fluxo do leite, mamilo da mãe, pouca necessidade de alimento) ou psicológicas (reacção negativa automática desencadeada pela ansiedade da mãe); - ao segundo ano de vida, relacionada com uma diminuição das necessidades do organismo da criança (muitas vezes há a ideia errada de que as crianças precisam do mesmo alimento que precisavam nos primeiros 12 meses); - a nervosa, que se apresenta geralmente aos 12 anos.

Os números de casos de obesidade infantil são cada vez mais assustadores. Além das limitações físicas causadas pela obesidade, existem perigos inerentes a esta como, pressão arterial, colesterol elevado, diabetes tipo 2 e doenças a nível das articulações. Se a obesidade não for controlada a taxa de doenças cardíacas, de cancros e de acidentes vasculares na idade adulta aumentará de forma preocupante. O melhor tratamento para a obesidade infantil está em levá-los a fazer mais exercício físico e em ensiná-los a levar uma alimentação saudável, reduzindo o consumo de calorias e de gorduras.

Faça da alimentação saudável e da actividade física uma prática comum — melhora a saúde do seu filho e a vossa saúde enquanto família!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Apresentação

A partir de hoje este blog poderá contar com mais um colaborador. O meu nome é Ana e a minha formação é em Psicologia. Actualmente exerço na área da infância. Espero poder dar-vos posts úteis e interessantes.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Como iniciei a alfabetização..

O caso: uma criança com epilepsia que pela idade de 12 anos ainda não descodificava o código escrito.

Após dois meses de leitura visual do abecedário e de fazer correspondência das letras a palavras, a B. neste momento encontrava-se no nível pré-silábico.

Começamos por nomes familiares, de animais, e de figuras geométricas.



Para Triângulo




Para Quadrado


As palavras são ditas correctamente reforçando a necessidade de uma boa dicção de forma a que a dislalia que a B. apresenta não se intensifique.

Outro exercicio que pode ser feito (e foi feito) foi usar as minhas cordas vocais para que a criança entenda a vibração das letras, das sílabas e das palavras. Ao deixar a criança tocar na minha garganta enquanto vocalizo as palavras ela entende as diferenças entre B e P, LH e NH, F e V, são alguns dos exemplos.


Por hoje é tudo :)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Para uma criança aprender a ler e a escrever, precisa construir conhecimentos de natureza conceitual e desenvolver certas funções neurológicas como coordenação motora, coordenação viso-motora, orientação espaço-temporal, esquema corporal e discriminação visual e auditiva.

Para uma criança com necessidades educativas especiais tudo isto ganha o dobro do sentido, quando existem dificuldades de aprendizagem, o que não significa que tenham um baixo ou alto QI, significa apenas que a criança está a trabalhar abaixo da sua capacidade devido a um factor com dificuldade, em areas como por exemplo o processamento visual ou auditivo. As dificuldades de aprendizagem normalmente são identificadas na fase de escolarização, por profissionais como psicólogos e psicopedagogos, através de avaliações específicas de inteligência, conteúdos e processos de aprendizagem.



Existem vários kits de jogos que nos ajudam nesta missão que têm como objectivo a concentração da atenção, a capacidade de memorizar, de classificar, de analisar, de ordenar, de compor e decompor e de resolver problemas que visam desenvolver por meio de jogos e atividades lúdicas pois os desafios neles propostos despertam o interesse pela leitura e proporcionam oportunidade de exercício.

Como eu não tinha nenhum desses kits, usei sobretudo o meu conhecimento e facilidade para o bricolage, artes plásticas e desenvolvi o trabalho juntamente com as crianças.

O ideal seria: ter um jogo de classificação de figuras


um jogo de sequências lógicas


peças com o alfabeto



um jogo de gramática


um dominó de semelhanças


um jogo de lições de moral que são pequenas historias com vários fins para a crianças responder. Consoante a sua resposta fazemos uma análise da sua capacidade de entender as várias situiçoes do quotidiano.

No próximo post explico como trabalhei pelos meus próprios meios.

Bom meio de semana!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Hoje vou só colocar fotos deliciosas dos nossos meninos :)

Um bom resto de semana para todos e bom fim de semana!

Sem medos



A brincadeira continua


Na minha sala



Os meus "picolos" na descoberta